Suíça lança seu próprio modelo de IA e abre o jogo

Uma iniciativa liderada pela Escola Politécnica Federal de Lausana (EPFL) acaba de lançar o Apertus, um modelo de linguagem totalmente de código aberto.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

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Se você acompanha o mundo da tecnologia, já deve ter ouvido falar de modelos de IA como o ChatGPT. Eles são ferramentas incríveis, mas funcionam como "caixas-pretas": a gente interage com elas e obtém um resultado impressionante, mas não sabe exatamente como o processo interno funciona. O que aconteceu por dentro, desde a pergunta até a resposta, é um mistério para a maioria das pessoas.

É aí que a Suíça entra em cena, mudando o jogo completamente. Uma iniciativa liderada pela Escola Politécnica Federal de Lausana (EPFL) acaba de lançar o Apertus, um modelo de linguagem totalmente de código aberto. E quando digo "totalmente", não é exagero. A equipe por trás do projeto liberou tudo: os dados usados para treinar a IA, o código-fonte e até os "pesos" que a inteligência artificial ajusta durante o aprendizado.

Essa abordagem transparente é um grande passo para a segurança e a confiabilidade da IA. Com tudo à mostra, pesquisadores e empresas podem auditar o modelo para garantir que ele não contém vieses, que os dados foram usados de forma ética e que ele segue as regulamentações, como a rigorosa Lei de Proteção de Dados da Europa. O foco do Apertus não é ser o mais potente, mas sim o mais transparente e seguro, oferecendo uma alternativa robusta e confiável aos modelos proprietários das grandes empresas.

Essa iniciativa suíça faz parte de um movimento global crescente. Vários países, inclusive o Brasil, estão percebendo que depender de tecnologias estrangeiras pode ser arriscado e, por isso, estão investindo em seus próprios modelos. O Apertus é um exemplo perfeito de como a colaboração e a abertura podem construir um futuro da IA mais justo e seguro para todos.

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